Plantando concreto colhendo trovões

Poluição e urbanização fazem incidência de raios aumentar em São Paulo

O número de tempestades com raios na cidade de São Paulo é hoje maior do que no século 19, e um novo estudo aponta quais são os principais componentes da urbanização culpados pelo fenômeno: a poluição e o asfalto.

1- Ilha de calor:

Ao substituir a cobertura vegetal original por asfalto e prédios, uma metrópole cria uma ilha de calor; o ar da região, por ser mais quente, fica também mais leve

2- Elevação da umidade:

O ar leve é mais propenso a ser deslocado para cima quando há a chegada de uma massa de ar externa; em altitudes maiores o vapor contido no ar se condensa em nuvens

3- Condensação:

É em torno das partículas de poluição que as moléculas de vapor se condensam para formar gotículas; mais ao alto essa partículas também estimulam a formar partículas de gelo

4- Descarga elétrica:

O atrito entre partículas de gelo faz com que elas adquiram eletricidade; quando a carga elétrica atinge um limite, a nuvem descarrega a energia com um raio.

O grupo de cientistas desconfiava, porém, que a área do município de São Paulo era pequena demais para ser estudada como um sistema fechado. Após incluir dados climáticos de Campinas e do Vale do Paraíba no estudo, tudo começou a fazer mais sentido. A urbanização e a poluição afetavam a incidência de raios em cidades satélites também, porque, as nuvens formadas sobre São Paulo se deslocavam.

Comparando dados de dias úteis com os de fim de semana (com menos carros emitindo poluição), a influência da concentração de particulados no ar ficou muito mais evidente.

O trabalho do Grupo de Eletricidade Atmosférica do Inpe é tema também de um documentário que estreia em 11 de outubro. O filme “Fragmentos de Paixão“, dirigido pela jornalista Iara Cardoso, fala sobre pesquisas na área a partir da perspectiva de vítimas de raios no país.

Fonte: Inpe

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